O embaixador do Paquistão, Murad Ashrad Janjua, lembrou nesta segunda-feira, 5, a data em que o governo indiano revogou unilateralmente os artigos 370 a 35A da sua Constituição. A medida alterou o status de Jammu e Caxemira ocupados pela Índia.
“Essa ação nós reconhecemos como ilegal e ilegítima”, disse o embaixador paquistanês.
De acordo com o diplomata a questão, de grande importância internacional, desafia a consciência da comunidade global e põe em prova os ideais de direitos humanos e justiça que todos nós defendemos.
Janjua lembrou que há várias Resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a Caxemira que permanecem sem implementação e, portanto, a Caxemira é a agenda da ONU há mais tempo não resolvida.
“Em 5 de agosto de 2019, o governo da India revogou unilateralmente os artigos 370 e 35A de sua Constituição, alterando efetivamente o status iegal de Jammu e Caxemira ocupados ilegalmente pela Índia (IIOJK). Essa ação, que nós, no Paquistao, e muitos em todo o mundo, reconhecemos como ilegal e ilegítima”, analisou o embaixador, acrescentando que a revogação desses dois artigos alterou fundamentalmente a relação constitucional entre Jammu e Caxemira e a União Indiana.
Janjua afirmou que o Artigo 370 concedeu à região um status especial, permitindo que ela tivesse sua prõpria constituição e uma bandeira separada. Mas a revogação dessas disposições retirou a autonomia da região integrando-a totalmente à Índia como um território da Uniâo. “Essa medida não apenas anulou o status especial da regiāo, mas também abriu as portas para mudanças demograficas e para a imposição de leis que alteram a estrutura cultural e social da Caxemira”, informou o diplomata.