sexta-feira, 18 outubro, 2024
18.5 C
Brasília

Dia da Vitória: Akopov diz que protagonismo é russo, mas também dos aliados e do Brasil

 
“Devo sublinhar que a vitória sobre o nazismo foi também de todos os países aliados. Muitos países, inclusive o Brasil”, disse o embaixador da Rússia, Sergey Akopov, lembrando que o Brasil foi o único país latinoamericano que enviou forças para participar diretamente da luta contra o nazifascismo na Itália. “Nós reconhecemos esse aporte que o Brasil deu”, afirmou o diplomata, ressaltando, porém, que os fatos mostram o papel principal dos soviéticos na derrota do nazifascismo.
O embaixador da Rússia, Sergey Akopov, durante entrevista online. Foto: reprodução.
Neste sábado (09), os russos relembram a vitória sobre a Alemanha nazista na II Guerra Mundial, quando Adolf Hitler avançava com as suas tropas sobre o mundo. Dados que comprovam a tese do protagonismo soviético apontam que mais de 74% de todas as baixas sofridas pelos militares nazistas foram na frente oriental nas batalhas contra o exército vermelho. Nessa frente oriental, a Alemanha perdeu mais de 600 divisões. “Devemos mencionar o fato de que a União Soviética sofreu as maiores perdas, tanto humanas quanto econômicas”. As cifras são de 27 milhões de vítimas humanas, mas ninguém sabe exatamente quantas pessoas morreram. “Alguns especialistas falam em mais de 40 milhões de vítimas. A União Soviética perdeu 1.710 cidades arrasadas e mais de 70 mil aldeias destruídas”, disse o diplomata russo.
 
Soldado soviético hasteia bandeira de seu país em Berlim no final da II Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha nazista. Foto: divulgação.
 
Akopov lembrou também que a vitória soviética teve dimensão pessoal, nacional e internacional, alterando a história da humanidade. “Não existe família que não tenha sido atingida pelo flagelo da guerra. Cada família russa tem seu herói que participou da guerra”, disse, acrescentando que o movimento social “Regimento Imortal” lembra todos os dias 9 de maio os veteranos de guerra, entes queridos, heróis de suas famílias. “Para lembrar e dar tributo às façanhas daquela geração que com sua abnegação salvou o mundo dessa peste fascista que era o nazismo alemão”, informou Akopov. O diplomata lembrou que a festa, na Rússia, chama-se festa ou alegria com lágrimas nos olhos. “Penso que o preço que os povos da ex-União Soviética pagaram por essa vitória foi absolutamente enorme, tão grande que é impossível mensurar”, lamentou o embaixador russo.
 
 
Para Akopov, um dos mais importantes resultados da vitória soviética tem dimensão internacional: a criação da ONU (Nações Unidas) “cujo objetivo principal foi e continua sendo evitar a repetição de conflitos como a II Guerra Mundial “. De acordo com o embaixador russo, depois de 75 anos do final da II Guerra “nunca mais houve um conflito daquela dimensão”.
Para alguns países, segundo Akopov, a guerra foi um grande desafio que levou a mudanças profundas até na mentalidade do povo. “A União Soviética saiu da guerra como nação vencedora, e, apesar do enorme sacrifício, perdas demográficas, danos econômicos, o país provou que, antes de mais nada, juntos podemos fazer praticamente tudo”, disse o diplomata russo. Akopov apontou a vitória na guerra como fator unificador que favoreceu não somente o povo russo, mas outros povos. “A vitória teve importância absolutamente sem igual”, disse o diplomata.
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img