Por Claudia Godoy
A embaixada do Panamá recebeu convidados no início deste mês, em Brasília, para comemorar a Data Nacional do país. O país é o principal parceiro do Brasil na América Central.
Na década de 1950, o Brasil ofereceu um conjunto de bolsas de estudo, beneficiando mais de 5 mil estudantes panamenhos. “Desses 5.000 estudantes, três deles estão nesta Embaixada, e um deles sou eu”, acrescentou o embaixador.
O diplomata destacou a importância da diplomacia cultural e a parceria econômica e comercial com o Brasil . “A Copa Airlines, por exemplo, voa 80 vezes por semana para o Brasil, para sete cidades”, lembrou Altamirano.
O diplomata informou que o Panamá está prestes a ingressar no Mercosul e que, a partir do próximo ano, o Panamá, juntamente com outros quatro países (Dinamarca, Grécia, Paquistão e Somália) ocuparão os assentos não permanentes do Conselho de Segurança da ONU a partir de 1° de janeiro de 2025.
O governo do Panamá informou, neste final de 2024, que o país possui 100% de energia renovável em seu sistema energético, somado ao fato da nação da América Central ser negativa para carbono. “Ainda temos capacidade para vender mais de 100 mil megawatts para a América Central”.
Presente do evento, Elio Cardoso, Diretor do Departamento de México, América Central e Caribe, destacou a importância do Panamá para a região e para o mundo, principalmente pelo Canal do Panamá, uma das maravilhas da engenharia mundial que beneficia a todos com os produtos que por lá atravessam. “O canal confere ao país centro-americano uma forte identidade, sendo um grande facilitador do comércio internacional”.
Brasil e Panamá completaram, este ano, 120 anos de relações diplomáticas. “Nossa parceria já é sólida e vem ganhando densidade cada vez maior”.
Segundo Cardoso, o Panamá é o principal parceiro comercial do Brasil na América Central, com potencial para expansão do relacionamento em termos de comércio e investimentos. “É uma tarefa que envolve não só governos, mas também empresas, como a Embraer e a Copa Airlines, que têm desempenhado papel importante na nossa aproximação”, disse.
O diretor do Itamaraty informou, ainda, que em breve o Panamá deverá entrar no Mercosul, o que o tornará o primeiro país de fora da América Sul, que alcançaria esta condição.
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