Por Claudia Godoy
O embaixador Carlos Alberto Velástegui e a embaixatriz Maria Augusta Nuñez celebraram, nesta segunda-feira, dia 12, na “Praça Equador”, do Jardim Botânico de Brasília, a data que marca o primeiro grito pela independência equatoriana com a presença de autoridades e da comunidade do país sul-americano.
No dia 10 de agosto de 1809, na cidade de Quito, ocorreu o Primeiro Grito de Independência, que marcou o início de um processo emancipador que culminaria em maio de 1822.
O cenário escolhido pelo embaixador refletiu a amizade que une Brasil e Equador. “Destacamos e priorizamos a importante relação diplomática desenvolvida ao longo de 180 anos, durante os quais fortalecemos vínculos que enriquecem nossas sociedades”, disse o diplomata, acrescentando que “os dois países mantém convergência e uma visão comum frente aos princípios básicos de democracia, Estado de Direito, direitos humanos, manutenção da paz”.
O embaixador lembrou, ainda, a importante agenda bilateral que une as duas nações, da qual faz parte a cooperação bilateral em múltiplos âmbitos que incluem a capacitação diplomática, a assistência humanitária, os programas bienais de cooperação, sob o qual nos últimos meses foram assinados 5 novos acordos complementares com seus respectivos projetos.
Os dois países fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica. “Impulsionamos uma estratégia muito ambiciosa com rosto humano, com a qual aspiramos responder aos desafios do desenvolvimento e conservação da Amazônia, dos nossos povos, em um cenário que exige pragmatismo e corresponsabilidades no mundo”, afirmou o embaixador equatoriano.
Velástegui garantiu que, realizada na “Praça Equador” , do Jardim Botânico de Brasília, a celebração equatoriana é um testemunho simbólico da fraternidade entre Brasil e Equador. As duas nações estão entre as mais diversas do mundo em relação à biodiversidade e possuem prioridades comuns nas estratégias nacionais para o combate ao crime transnacional organizado, à corrupção e à sua impunidade. “Com base nisso estamos implementando positivamente um Acordo bilateral contra a criminalidade organizada”, afirmou Velástegui.
A ratificação do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos está em sua última etapa no Senado e deve ser um catalisador de novos e maiores empreendimentos.
“Buscamos a ampliação do comércio bilateral valorizando a necessidade de relações complementares que busquem o incremento da nossa balança, procurando termos com maior equidade e benefícios compartilhados”, garantiuo embaixador equatoriano. Velasteguí também destacou no seu discurso outros desafios a enfrentar, como mudança climática, manutenção da paz, segurança alimentar e erradicação da pobreza. “Nosso compromisso mútuo nos impulsiona a encontrar soluções diplomáticas, oportunas, inovadoras e sustentáveis”, disse o embaixador equatoriano.
“Neste dia especial olhamos para o futuro com otimismo e determinação, confiantes de que juntos continuaremos construindo um caminho de prosperidade e bem-estar para nossos cidadãos, estabelecendo e fortalecendo novos laços”, disse Carlos Alberto Velasteguí.
A “Praça Equador” conta com réplicas das tartarugas gigantes de Galápagos, símbolos da megadiversidade do Equador. “Nos convidam a refletir sobre a importância de conservar nosso patrimônio natural para as gerações futuras e nos comprometem a trabalhar conjuntamente em uma agenda ambiental efetiva”, lembrou Velástegui.
O espaço conta também com um relógio solar de origem pré-colombiana, cujos originais estão localizados nas populações de Cotacachi e Cayambe. Também estão presentes na praça a cópia da máscara do sol da Cultura Tolita, que valoriza e ressalta os conhecimentos e a sabedoria ancestral dos nossos povos originários, a réplica do monumento à linha do Equador, que emula a arquitetura colonial, convocado a todos a reconhecer a localização geográfica privilegiada do Equador, o legado do país e de sua sociedade orgulhosamente mestiça que se projeta para o futuro. “Agora estamos em um espaço que reflete a colaboração equatoriana e brasileira”, disse o diplomata.