segunda-feira, 16 setembro, 2024
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Embaixador do Paquistão lembra Jammu e Caxemira

Por Claudia Godoy

O embaixador do Paquistão, Murad Ashrad Janjua, lembrou nesta segunda-feira, 5, a data em que o governo indiano revogou unilateralmente os artigos 370 a 35A da sua Constituição. A medida alterou o status de Jammu e Caxemira ocupados pela Índia. 

Janjua afirmou que o Artigo 370 concedeu à região um status especial, permitindo que ela tivesse sua prõpria constituição e uma bandeira separada. 📸Claudia Godoy

“Essa ação nós reconhecemos como ilegal e ilegítima”, disse o embaixador paquistanês.

De acordo com o diplomata a questão, de grande importância internacional,
desafia a consciência da comunidade global e põe em prova os ideais de direitos humanos e
justiça que todos nós defendemos.

Janjua lembrou que há várias Resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a
Caxemira que permanecem sem implementação e, portanto, a Caxemira é a agenda da ONU há mais tempo não resolvida.

O diplomata Irfan Ullah fez a abertura da apresentação do embaixador paquistanês.  📸Claudia Godoy

“Em 5 de agosto de 2019, o governo da India revogou unilateralmente os artigos 370 e 35A de sua Constituição, alterando efetivamente o status iegal de Jammu e Caxemira ocupados ilegalmente pela Índia (IIOJK). Essa ação, que nós, no Paquistao, e muitos em todo o mundo, reconhecemos como ilegal e ilegítima”, analisou o embaixador, acrescentando que a revogação desses dois artigos alterou fundamentalmente a relação constitucional entre Jammu e Caxemira e a União Indiana.

Janjua afirmou que o Artigo 370 concedeu à região um status especial, permitindo que ela tivesse sua prõpria constituição e uma bandeira separada. Mas a revogação dessas disposições retirou a autonomia da região integrando-a totalmente à Índia como um território da Uniâo. “Essa medida não apenas anulou o status especial da regiāo, mas também abriu as portas para mudanças demograficas e para a imposição de
leis que alteram a estrutura cultural e social da Caxemira”, informou o diplomata.

O General Tariq Naeem Athar também estava presente ao evento na embaixada paquistanesa em Brasília.  📸Claudia Godoy
O dia 5 de agosto, por isso, é chamado de Yaum-e-lstehsal, ou o Dia da Exploração para os paquistaneses.  “Não é apenas um momento sombrio na história da Caxemira, mas uma violação dos princípios consagrados
no direito intemacional, incluindo várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre Jammu e Caxemira e a 4ª Convençãode Genebra”, disse o embaixador paquistanês. 📸Claudia Godoy. 
Essas resoluções exigem explicitamente o
direito do povo da Caxemira à autodeterminação, um direito que tem sido sistematicamente negado a eles por meio de ocupação militar, leis repressivas e abusos generalizados de direitos humanos. 📸Claudia Godoy.
Desde a revogação do status especial da Caxemira, a região tem sido submetida a um
cerco militar sem precedentes. Cerca de um milhão de soldados indianos estão
posicionados na região, tornando-a uma das zonas mais militarizadas do mundo. A presença militar nâo tem sido uma força de paz, mas sim um veiculo de subjugaçâo e terror. 📸Claudia Godoy.
“Os relatos da II0JK são angustiantes. Homens, mulheres e crianças inocentes vivem sob constante medo, sujeitos a prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados e execuções extrajudidiais”, disse Janjua, acrescentando que o uso de armas de chumbinho, que cegaram e mutilaram inúmeros civis, é um testemunho
horrivel da brutalidade cotidiana enfrentada pelo povo da Caxemira. “Nessa situação, as
vozes da dissidência são silenciadas e os gritos por justiça são abafados por ações
opressivas severas. Caxemira é uma questão internacional, e sua crise de direitos humanos exige ação global
silencio prolongado e a inação da comunidade mundial apenas encorajam o opressor”, disse o diplomata paquistanês. 📸Claudia Godoy.
“Não devemos permitir mais violações graves dos direitos da dignidade dos seres
humanos que vivem em Jammu e Caxemira.
O mundo tem a responsabilidade de apoiar os caxemires em sua busca por dignidade,
liberdade da opressão e autodeterminação”, afirmou o embaixador do Paquistão, ressaltando que o Brasil sempre foi um firme defensor da liberdade, da justiça e dos direitos humanos: a história de sua nação em defender esses valores nos då esperança de que a situação da Caxemira continuarâ a ressoar nos corações e mentes do povo brasileiro.
A culinária paquistanesa estava presente e os jornalistas presentes puderam apreciar. 📸Claudia Godoy. 
Os jornalistas puderam provar a deliciosa comida paquistanesa. 📸Claudia Godoy

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