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Embaixada da Bolívia celebra Carnaval de Oruro com festa

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A embaixada da Bolívia celebrou o Carnaval de Oruro, cidade do oeste boliviano, com festa que contou com a presença de diplomatas, comunidade boliviana e amigos brasileiros da imprensa.

Os convidados foram recebidos com almoço que contou com as famosas saltenhas bolivianas e churrasco ao estilo brasileiro.

A Representante Cultural da embaixada da Bolívia, Juana Zambrana, destacou a presença da comunidade boliviana na festa que é considerada muito importante para o calendário turístico do país. “O Carnaval de Oruro começou no sábado e reúne todos os departamentos da Bolívia para mostrar música, roupas e cultura. Decidimosnos reunir com os amigos diplomatas, comunidade e brasileirospara mostrar um pouco da festa”, disse Zambrana.

O encarregado de Negócios da embaixada, Horácio Villegas, também recebeu a comunidade boliviana e diplomatas com muita simpatia.

O Festival folclórico e religioso da cidade de Oruro, é o mais importante da Bolívia. Com seu desfile de blocos e trajes típicos, o evento é conhecido como o segundo maior carnaval da América Latina.

A lenda conta que o deus Wari resolveu castigar Oruro porque a população adorava outra divindade conhecida como Inti, o sol.

Wari teria enviado quatro pragas para castigar a cidade, que foi salva por Ñusta, uma palavra que em quechua significa princesa, simboliza a fertilidade e a terra que ainda não foi tocada. Depois disso, a população começou a celebrar Ñusta, que com a chegada do Cristianismo passou a ser chamada de Virgem de Socavón.

Wari teria enviado primeiro uma víbora gigante, que surgiu para atacar o sul da cidade. Porém ela foi detida pela Ñusta.

O deus Wari resolveu então mandar um sapo gigante para o norte. Porém, desde o alto da montanha, a Ñusta fez com que ele parasse e fosse petrificado.

Irado, o deus resolveu atacar o leste da cidade com um lagarto gigante. A Ñusta ajudou novamente, cortando-o em pedaços, mas da boca do lagarto saíram formigas para aterrorizar a população. Mais uma vez, a Ñusta apareceu. Ela as transformou em areia, criando o local hoje conhecido como Los Arenales de Cochiraya.

Por conta disso, a população passou a celebrar a Ñusta como a salvadora da cidade.

Séculos mais tarde, com a imposição do cristianismo pelos europeus, ocorreu um sincretismo religioso e a Ñusta foi popularizada como Virgem de Socavón. Wari, por sua conta, é o diabo.

E assim, a festa passou a ser chamada de Carnaval.

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