A embaixada da Alemanha lembra que hoje celebra o Ano Novo judaico de 5782 (Rosh Hashaná). A representação diplomática ressaltou que, além disso,
este ano, comemora o aniversário dos 1700 anos de vida judaica na Alemanha.
Segundo o ministro das Relacões Externas da Alemanha, Heiko Maas, “numerosos eventos realizados ao longo dos últimos meses tanto na Alemanha como no exterior evidenciaram de forma impressionante a importância, a diversidade e o profundo enraizamento da vida judaica na Alemanha ao longo de muitos séculos”. O ministro ressaltou que a efeméride dá muitas oportunidades para compreendermos, lembrarmos e traçarmos caminhos para o futuro. “Estamos muito satisfeitos que este ano os centros historicamente importantes e mundialmente conhecidos do Judaísmo, os chamados locais SchUM de Mainz, Worms e Speyer, tenham sido incluídos na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO”, lembrou o alemão.
“Esta decisão sublinha as raízes profundas da vida judaica na Alemanha e, ao mesmo tempo, nos convida a redescobrir essa importante parte de nossa história e a transmiti‑la ainda mais aos jovens. Estou grato pelo fato de muitos judeus e judias considerarem a Alemanha hoje sua pátria e continuarem essas ricas tradições”, destacou o ministro das Relações Externas da Alemanha.
O ministro lembrou, ainda, que o ano passado também foi um ano difícil, em que o antissemitismo na Alemanha mostrou mais uma vez seu “rosto feio”. “Vergonhosas declarações antissemitas no contexto das manifestações contra as restrições na pandemia, mas especialmente os ataques e os atos de violência em maio passado nos fizeram tomar consciência das ameaças que os judeus na Alemanha ainda enfrentam. Não vamos desistir de nosso compromisso de lutar contra o antissemitismo e contra a banalização do Holocausto.
Com inúmeras iniciativas e projetos na Alemanha, na União Europeia, na Aliança Internacional para a Memória do Holocausto e no Conselho da Europa, nos opomos ao antissemitismo, ao anticiganismo e ao racismo – porque nos dizem respeito a todos. Juntos, queremos proteger a coesão de nossa sociedade aberta e liberal”, ressaltou.