Por: Claudia Godoy
Depois de mais de 120 anos do romance gótico Drácula ganhar vida, o Castelo de Bran voltou a ser cenário no mundo porque passou a receber os visitantes com a vacina contra a covid. Localizado entre a Transilvânia e a Valáquia o castelo, que é conhecido como Castelo de Drácula, tem um posto de vacinação com o imunizante da Pfizer-BioNTech.
Foto: Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker’s Dracula, Francis Ford Coppola, 1992, 130’)
Drácula, do escritor irlandês Bram Stoker, é inspirado no príncipe Vlad Țepeș, conhecido como Vlad, o Empalador, o Voivode da Valáquia que viveu em meados do século 15 e lutou contra os turcos otomanos e contra os negociantes alemães.
O embaixador da Romênia, Stefan Mera (foto), explica que Vlad Tepes conseguiu reunir as três regiões romenas da Transilvânia, Valáquia e Moldávia e enfrentou problemas porque teve de cobrar taxas de importação e exportação de produtos.
“Negociantes alemães não gostavam de pagar e lançavam todo o tipo de história sobre a crueldade. Ele não era mais cruel, lamentavelmente, que todos os outros daquela época”, disse Mera, acrescentando que o príncipe não se beneficiou também de boa imagem junto aos turcos, que foram vencidos por ele várias vezes. “Por causa disso, também apareceram muitas informações sobre a crueldade de Vlad Tepes”, afirmou o embaixador.
Stefan Mera explica, porém, que a fama de Vlad como O Empalador vem da mania que em tinha de castigar os inimigos e os ladrões com o empalamento. “A gente diz que no seu tempo poderia deixar dinheiro, ouro, na rua, que nada acontecia. Poderia se encontrar tudo no dia seguinte porque a gente tinha medo de roubar”, informou o diplomata, que se despede do Brasil e da carreira diplomática e está de partida para a Romênia.