A busca por um país socialista e modernizado é a nova meta do governo chinês. E é com esse cenário que a China trabalhará agora para pautar o crescimento com inovação, a busca da qualidade com eficiência. Os chineses já estão implementando o seu 14° Plano Quinquenal para o Desenvolvimento Econômico e Social. O embaixador da China, Yang Wanming, participou, na última semana, do diálogo virtual “Novas Oportunidades para a Cooperação entre Brasil e China”, promovido pelo Instituto de Reforma das Relações entre Estados e Empresas (IRRE).
O embaixador chinês afirmou também que o seu país quer a expansão dos mercados interno e externo, tendo a circulação doméstica como esteio. Wanming destacou que o plano chinês, agora, é observar mais a qualidade que a velocidade. Ele lembrou que o Brasil e a China têm relações de 47 anos, que são dinâmicas e que trabalham, agora, pelo combate à pandemia e retomada da economia.
O ex-ministro da Fazenda, no governo Michel Temer, ex-presidente do Banco Central, no governo Lula, e hoje secretários Fazenda e do Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, que também participou do encontro, destacou o crescimento chinês no ano passado, apesar da pandemia, e lembrou que o estado de São Paulo também registou crescimento em 2020. Ele informou, ainda, sobre o interesse chinês em investimentos no setor de transportes no Brasil. São Paulo quer construir o “Trem das Cidades” que ligará o estado à cidade de Campinas, distante cerca de uma hora e meia da capital paulista. O projeto é de US$ 2 bilhões e deve garantir o transporte de cerca de 650 mil pessoas por dia. Segundo ele, os chineses querem, ainda, investir em infraestrutura, rodovias e privatizações paulistas. Meirelles lembrou que nove entre casa dez vacinas aplicadas hoje no Brasil são chinesas. São Paulo instalou escritório na China em 2019. Por isso, conseguiu trazer ao Brasil, com velocidade, a oronavac, a vacina chinesa produzida aqui pela Sinovac com o Instituto Butantan.