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Brasil pode instalar indústria eólica offshore com tecnologia mais acessível, diz embaixador

Com site RTB
Brasília, 18 de janeiro de 2022

O Brasil pode se beneficiar de tecnologia de turbinas eólicas offshore, grande aposta no mercado global de energia renovável, caso queira aumentar sua capacidade de fornecimento de energia elétrica a fim de garantir o crescimento econômico do país agora e no futuro.

Quando se fala em usinas eólicas offshore, o primeiro exemplo que vem à mente é a Dinamarca, país pioneiro na criação da tecnologia eólica onshore (em terra) e offshore (no mar). O país nórdico construiu o primeiro parque eólico offshore do mundo há quase 30 anos.

No final do ano passado, uma comitiva de técnicos brasileiros da área de energia visitou os parques eólicos da Dinamarca, cujas usinas possuem dimensões gigantescas: chegam a ter 130 metros de altura e largura de 80 metros.

No dia 7 de dezembro de 2021, foi a vez de o ministro do Clima, Energia e Serviços Públicos da Dinamarca, Dan Joergensen, visitar, em Brasília, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque. Na oportunidade, as autoridades de ambos os países assinaram Memorando de Entendimento sobre energias renováveis e transição energética.

Segundo o embaixador da Dinamarca no Brasil, Nicolai Prytz, o interesse brasileiro pela indústria eólica offshore não é porque o país não tenha energia limpa. “Ao contrário, o Brasil é exemplo para todo mundo por causa de sua matriz energética limpa”.

Marco Regulatório
O que falta, conforme disse o embaixador dinamarquês, é fazer primeiramente um marco regulatório. Uma vez estabelecido o marco regulatório, abrem-se grandes oportunidades de investimentos mundo afora.

De acordo Nicolai Prytiz, quando se trata de projetos de energia renovável, os financiamentos são abundantes, principalmente de fundos de pensão.
E, para o Brasil, as condições são favoráveis por causa do preço cada vez mais acessível da tecnologia nessa área. “A tecnologia usada em equipamentos offshore é hoje bem mais acessível do que cinco ou dez anos atras. Essa tecnologia se desenvolve muito rápido”, disse o embaixador Nicolai Prytz.

Diversificação
O Brasil tem muito a ganhar com a implantação de uma indústria eólica offshore em território nacional, principalmente porque isso vai eliminar as incertezas. Hoje, a energia elétrica brasileira depende em grande parte da capacidade das hidrelétricas e, consequentemente, de um regime regular de chuvas que garanta os reservatórios cheios. Este ano, por sorte, houve muitas chuvas, mas em outros anos o país já passou por riscos de apagão devido aos reservatórios vazios em razão dos baixos índices pluviométricos.

Por ter uma área costeira de mais de 8 mil quilômetros e com ventos que podem chegar até 32,4 quilômetros por hora, o Brasil é uma opção atraente para a indústria eólica offshore.

De acordo com o Banco Mundial, o Brasil tem potencial de instalação offshore de 480 GW de turbinas fixas e 748 GW de turbinas flutuantes.

 

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