O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) anunciou o envio de até 100 milhões de doses de sua vacina Sputnik V contra a COVID-19 para América Latina. As informações são da Sputnik.
O diretor-geral do RFPI, Kirill Dmitriev (na foto com o presidente russo Vladimir Putin) anunciou o volume de doses da vacina com destino ao Brasil.
“No Brasil, nós já fechamos acordo com o estado do Paraná, e amanhã (11) anunciaremos o acordo com mais um estado. Eles vão comprar 50 milhões de doses da vacina, e isso para nós é uma parceria importante”, declarou Dmitriev. No início de setembro, o Paraná havia anunciado início dos testes da vacina russa em pelo menos dez mil voluntários a partir de outubro. O acordo com o RFPI inclui, além de uma terceira fase de testes, a produção e distribuição do medicamento no território do Brasil. Quanto ao fornecimento do medicamento à América Latina, Dmitriev disse: “Ontem [9], nós acordamos o fornecimento de 32 milhões de doses da vacina para o México. Em breve, literalmente amanhã, nós anunciaremos o fornecimento de até 100 milhões de doses para outros países da América Latina”, declarou Dmitriev durante videoconferência com representantes de países latino-americanos.
Sputnik V Nesta quinta-feira (10), cientistas do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, desenvolvedor da vacina, defenderam que os dados publicados na revista The Lancet sobre os testes clínicos do medicamento são confiáveis, ao passo que cientistas estrangeiros duvidaram da autenticidade dos dados. Especialistas da revista científica fizeram uma perícia dos dados, de acordo com o Centro Gamaleya. Enquanto isso, o medicamento tem atraído a atenção de diversos países do mundo, sendo que parte deles é latino-americana. Por sua vez, Denis Logunov, vice-diretor do Centro Gamaleya, voltou a assegurar a eficácia da vacina hoje (10). “Tal sistema dos testes pré-clínicos iniciais e dos testes clínicos de primeira e segunda fases posteriores mostra que ela (a vacina Sputnik V) induz uma resposta imunológica em 100% dos casos”, afirmou Logunov em declaração à imprensa.