Eu contei ao embaixador do Japão, Akira Yamada, que fazendas próximas ao DF têm o gado japonês Wagyu, que fornece a carne mais valorizada do mercado gastronômico internacional. Admirado, ele revelou que o comércio entre Brasil e Japão “diminuiu significantemente com a pandemia de Covid-19”.
O embaixador do Japão, Akira Yamada. Foto: Embaixada do Japão.
De janeiro a julho, deste ano, as exportações do Brasil para o Japão caíram 18, 9%, atingindo US$ 2,234 bilhões. Já as importações sofreram redução de 13,9%, ficando em US$ 2,180 bilhões. Segundo Yamada, a suspensão temporária de operações e a diminuição de importação de carne de frango pelo Japão em função da queda da demanda levaram à queda nas vendas brasileiras para os japoneses. Já as vendas japonesas para o Brasil foram afetadas pela diminuição na compra de peças para máquinas e redução nas vendas de carros no Brasil.
Em 2019, o Japão era o 5° maior importador e o 8° maior exportador para o Brasil. “Acredito que com a retomada da economia o comércio deve aumentar acompanhando a produção”, disse Yamada, acrescentando esperar uma melhora no próximo ano. “Queremos aumentar a cooperação com o Brasil. Hoje, vivemos um momento difícil, mas com cooperação poderemos vencer essa fase difícil. O potencial do Brasil é grande”, disse o diplomata.
Brasil e Japão terão várias oportunidades para discutir as relações bilaterais dos setor econômico. Haverá, ainda este ano, reunião do Comitê de Cooperação Econômica Japão/Brasil, além de encontros via videoconferência para a promoção do comércio e cooperação econômica com os ministérios da Economia dos dois países. Também haverá vários comitês sobre diálogo nos setores agrícolas e de alimentos, tecnológica, cooperação diplomática e cooperação em infraestrutura.