Cuba iniciará no próxima segunda-feira (24) a primeira etapa de testes da sua candidata à vacina, chamada de Soberana 01. Já os belgas tiveram, nesta semana, a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância em Saúde) para a realização de testes no Brasil da sua potencial vacina, a Ad26.COV2.S.
Os cubanos conseguiram controlar a Covid-19 e registraram 3.565 casos de Covid-19 com 88 mortos. Já os belgas experimentam hoje a abertura controlada sa economia e tiveram 79.479 casos da infecções com 9.969 falecidos. Os dados são da Universidade Johns Hopkins (atualizados em 20/08).
A vacina belga é uma imunização produzida pela farmacêutica belga Janssen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson.
Os resultados deverão estar disponíveis em janeiro de 2021, indicou hoje o governo cubano, que informou também o teste inicial em 676 pessoas entre 19 e 80 anos, a cargo do Instituto Finlay de Vacinas.
As pessoas não devem ter “problemas de saúde clinicamente significativos” e devem dar seu consentimento por escrito para receber a dose, disseram as autoridades.
A conclusão do estudo está prevista para 11 de janeiro de 2021, os resultados ficarão prontos em 1º de fevereiro, e serão publicados em 15 de fevereiro. “Embora haja vacinas de outros países, precisamos que as nossas tenham soberania”, disse o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, em 19 de maio.
Cuba tem uma destacada indústria biotecnológica e farmacêutica que lhe permitiu desenvolver vacinas contra meningite, câncer de pulmão (terapêutico) e tumores sólidos, e contra a hepatite B, entre outras doenças.
No último sábado (15), as autoridades russas relataram avanços na produção da vacina Sputnik V, chegando a manifestar a intenção de produzi-la com Cuba.
Na América Latina, Argentina e México anunciaram recentemente um acordo para produzir uma vacina pela AztraZeneca e a Universidade de Oxford. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Argentina registra até agora 312.659 casos de Covid-19 e 6.406 falecidos. Já o México tem 537.031 casos e 58.481 mortos.