segunda-feira, 17 fevereiro, 2025
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Cientistas americanos conseguem transformar sulfeto de ferro em material magnético

Com informações da Sputnik
 
Uma equipe de pesquisadores e engenheiros dos EUA conseguiu transformar eletricamente sulfeto de ferro, também conhecido como “ouro dos tontos” ou pirite, um abundante e econômico material não magnético, em magnético, comunicou nesta quarta-feira (29) a Universidade de Minnesota (EUA).
“Ao fazê-lo com sulfeto de ferro, acreditamos que podemos fazer isso também com outros materiais”, disse o principal autor da pesquisa.
 
É a primeira vez que os pesquisadores conseguiram tal transformação, que poderá ser útil para a produção de dispositivos eletrônicos de maneira mais eficiente energeticamente, informa o estudo publicado na revista Science Advances.
“A maioria das pessoas com conhecimentos em magnetismo provavelmente diriam que é impossível transformar eletricamente um material não magnético em um magnético”, afirmou Chris Leighton, principal autor da pesquisa. “Contudo, quando olhamos com maior profundidade, vimos uma via potencial, e fizemos isso acontecer”, agregou.
Durante mais de uma década, pesquisadores estiveram estudando como fazer novos tipos de painéis solares com enxofre e sulfato de ferro e estiveram buscando formas de usar voltagens elétricas para controlar o magnetismo, explicou Leighton e salientou que essas pesquisas foram realizadas separadamente.
“Em algum momento percebemos que deveríamos combinar estas duas direções de pesquisa, e valeu a pena”, salientou.
Para converter o “ouro dos tontos” em um material magnético, utilizaram uma técnica chamada “ativação de eletrólitos”: pegaram sulfato de ferro não magnético e o misturaram com uma solução iônica, parecida com uma solução isotônica usada para reidratar e recuperar carboidratos e eletrólitos perdidos durante exercícios físicos.
“Resulta que se tivermos concentrações de elétrons elevadas o suficiente, o material quer se converter espontaneamente em ferromagnético (imã potencial)”, detalhou Leighton e afirmou que “isto tem muito potencial”. “Ao fazê-lo com sulfeto de ferro, acreditamos que podemos fazer isso também com outros materiais”, conclui.
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