O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, recebeu do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a promessa de que fará a mediação entre os governos paquistanês e indiano para buscar uma solução para o conflito da Caxemira.
A região foi dividida entre Índia e Paquistão quando ocorreu a independência dos dois países, após acabar o domínio britânico sobre o chamado Império da Índia. A informação é do embaixador do Paquistão, Najm us Saqib.
Ele recebeu a imprensa hoje, em Brasília, para uma coletiva. O diplomata destacou que diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU já determinaram a realização de plebiscito na parte de Caxemira ocupada pela Índia para que o povo da região decida o seu futuro.
A imensa maioria da população de Caxemira é muçulmana. O atual primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, considerado ultranacionalista, vem endurecendo a repressão contra os muçulmanos na região. Segundo Us Saqib, a população de Caxemira indiana já perdeu o acesso à educação, saúde e liberdade tanto de expressão quanto de movimento.
Os paquistaneses residentes em Brasília relembram hoje o “Dia Negro” que marca o que eles consideram o dia mais sombrio na história de Jammu e Caxemira.
Segundo informe da embaixada do Paquistão este ano será marcado pelo endurecimento da repressão contra a população de Caxemira. “A Índia pôs o território em cerco militat e impôs toque de recolher, restrições e um blecaute de comunicações…”
A comunidade paquistanesa em Brasília. No Brasil, os imigrantes paquistaneses são de cerca de 450.
Em 1947, a Índia enviou tropas para Jammu e Caxemira e ocupou o território. Pelo plano de partição a antiga Colônia Britânica da Índia seria dividida entre Índia e Paquistão. Os territórios de maioria hindú ficariam com a Índia e os dw maioria muçulmana com o Paquistão. Mas não foi bem isso que aconteceu e a Índia ocupou Jammu e Caxemira. Lá, 87% são muçulmanos e as Nações Unidas (ONU) já aprovou várias resoluções determinando a realização de plebiscito para que o povo de decida o seu futuro.